Ligando os pontos
Textos de Marcos de Vasconcellos, jornalista, CEO do Monitor do Mercado, colunista da Folha de S.Paulo e assessor de investimentos.
Empresas estão evitando captar dinheiro e empurrando dívidas
Quando topam passar com o pires na mão, é para cobrir as contas do dia a dia ou empurrar dívidas
15/05/2023 11:30
Se o seu assessor de investimentos ou gerente de banco parece mais distante ultimamente, não estranhe. A captação de dinheiro pelas empresas via mercado de capitais neste ano até abril foi 40,5% menor do que no mesmo período do ano passado.
Isso contando o valor de tudo que é tipo de papel: debêntures, CRIs, CRAs, fundos imobiliários, emissão de novas ações etc.
Os grandes números contam parte da história: o volume emitido de janeiro a abril atingiu R$ 82,6 bilhões, ante R$ 138,8 bilhões do período em 2022. Na quantidade de operações feitas, são 503 ante 643 (queda de 21%).
Mais preocupante do que os números, como sempre, são os porquês. São eles que devem interessar os investidores. Altas e baixas, seja na Bolsa, seja na economia real, não te ajudam a tomar boas decisões. Entender as razões de cada movimento pode ajudar.
Sabe o que as empresas farão com o dinheiro que captaram neste ano? Expandir? Aumentar receitas? Criar novas áreas? Inovar? Pesquisar? Nada disso.
As operações de refinanciamento de passivo representam 31,6% das feitas em 2023, ante 19,2% no fim do ano passado, explica a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Por pouco, as operações de capital de giro foram as predominantes, com 32,1%.
Em resumo: as empresas estão evitando ir a mercado atrás de dinheiro e, quando topam passar com o pires na mão, é para cobrir as contas do dia a dia ou empurrar dívidas.
Este é o tema da coluna de Marcos de Vasconcellos, CEO do Monitor do Mercado, na Folha de S.Paulo, nesta semana.
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