Ligando os pontos
Textos de Marcos de Vasconcellos, jornalista, CEO do Monitor do Mercado, colunista da Folha de S.Paulo e assessor de investimentos.
Em bom momento, agronegócio paga bons dividendos para investidores
Hoje, o Brasil já tem R$ 12,6 bilhões investidos em Fiagros, de acordo com os dados mais recentes da Anbima
05/06/2023 11:44
O PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre do ano veio bem acima do esperado pelos analistas de plantão. Enquanto a turma dos bancos e corretoras projetava um crescimento de 1,3% no período, a realidade trouxe um aumento de 1,9%. Percentualmente, foi uma surpresa positiva (ou um erro de previsão) de 46%.
O grande salto veio da agropecuária nacional. O crescimento do agro nos três meses foi de 21,6%. O maior aumento trimestral do setor desde 1996. A explicação vem principalmente da soja, com sua safra recorde, de uma alta no abate de gado e frango, bem como de aumento na produção de milho.
É imprescindível que todo avanço na área venha acompanhado de políticas claras de responsabilidade social e ambiental. Um setor essencial para nossa economia não pode continuar sendo notícia no mundo por conta dos astronômicos números relacionados ao desmatamento.
Há um tipo de papel negociado no mercado, ligado diretamente ao agronegócio, que tem pagado bons dividendos para seus investidores: o chamado Fiagro (Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais).
Lançado no fim de 2021, esse tipo de fundo aplica o dinheiro dos cotistas em ativos de investimentos do agronegócio, sejam de natureza imobiliária rural ou de atividades relacionadas à produção do setor.
Hoje, o Brasil já tem R$ 12,6 bilhões investidos em Fiagros, de acordo com os dados mais recentes da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
O que tem atraído investidores para esse tipo de investimento, além da confiança de que o setor seguirá um ótimo negócio por bastante tempo, é sua capacidade de pagar bons dividendos.
Enquanto o dividend yield (valor pago em dividendos em relação ao preço da cota do fundo) do FIIs do topo da lista foi, em média, de 1,52% (chegando a 1,78%, para o primeiro do ranking), o dos Fiagros foi de 1,54% (chegando a 1,9%).
Este é o tema da coluna de Marcos de Vasconcellos, CEO do Monitor do Mercado, na Folha de S.Paulo, nesta semana.
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*Imagem: Piqsels
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