Ligando os pontos
Textos de Marcos de Vasconcellos, jornalista, CEO do Monitor do Mercado, colunista da Folha de S.Paulo e assessor de investimentos.
Hapvida criou gigante da saúde que ainda não para em pé
Se, em 2020, a cada R$ 100 investidos, a Hapvida devolvia R$ 10 de lucro, agora, a mesma quantia resulta em mais de R$ 1,50 de prejuízo
03/07/2023 10:35
Em fevereiro de 2022, a Hapvida, então uma das maiores operadoras de saúde do Brasil, finalizou sua fusão com a então concorrente Notre Dame Intermédica, criando a maior empresa do ramo no Brasil.
A nova companhia nasceu com 15 milhões de beneficiários, 60 mil funcionários e uma rede de 7.000 leitos de atendimento.
Na época, eram duas empresas rentáveis. A Hapvida tivera um lucro de mais de R$ 850 milhões em 2019 e de R$ 785 milhões em 2020. A cada R$ 100 investidos na empresa, ela era capaz de gerar mais de R$ 10 de lucro — o que é medido pelo indicador ROE (Return on Equity).
Trimestre após trimestre, o desafio de fazer do novo negócio uma operação lucrativa foi ficando mais claro para analistas e investidores. No acumulado de 2022, houve um prejuízo de R$ 775 milhões. No primeiro trimestre deste ano, foram mais R$ 341,6 milhões.
Se, em 2020, a cada R$ 100 investidos, a Hapvida devolvia R$ 10 de lucro, agora, a mesma quantia resulta em mais de R$ 1,50 de prejuízo, segundo dados do Monitor do Mercado.
O gigante já comemorou seu primeiro aniversário, mas ainda não fica em pé.
Para tentar melhorar isso, a companhia resolveu concentrar esforços não em buscar novos clientes, mas em aumentar os preços para aqueles que já contrataram seus planos de saúde.
Este é o tema da coluna de Marcos de Vasconcellos, CEO do Monitor do Mercado, na Folha de S.Paulo, nesta semana.
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Imagem: Piqsels.com
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