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O que é o hedge, que aparece nos balanços das exportadoras
Muitos investidores coçaram a cabeça, ao ler o noticiário sobre a Suzano e seu prejuízo de R$ 12 bilhões. Acontece que R$ 9 bilhões negativos se devem às operações de hedge, uma espécie de defesa contra variações do câmbio.
22/05/2020 13:39
Muitos investidores coçaram a cabeça, ao ler o noticiário sobre a Suzano e seu prejuízo de R$ 12 bilhões. Acontece que R$ 9 bilhões negativos se devem às operações de hedge, uma espécie de defesa contra variações do câmbio.
Os prejuízos registrados no primeiro trimestre são o assunto da coluna do Monitor do Mercado na Folha de S.Paulo nesta semana. Clique aqui para ler.
São operações financeiras com derivativos do dólar. Em resumo, aplicações financeiras com o preço atrelado às variações da moeda americana.
A empresa faz contratos se comprometendo, grosso modo, a comprar ou vender dólar, lá na frente, pelo preço de hoje.
Como sua receita em moeda americana é alta, esse é um jeito de não levar um tombo quando o preço do dólar cai. De certa forma, “trava o preço” em uma margem.
Nesse caso da Suzano (SUZB3), são diversos contratos para venda de dólar, que vencem até em setembro de 2021, com a moeda cotada entre R$ 4,09 e R$ 4,47.
Se o dólar for além disso, o ganho da companhia nas vendas vai aumentar, e o que ela deixar de ganhar com esses contratos de segurança não será um problema. Se o dólar cair abaixo da margem, a empresa vende a moeda pelo preço combinado e embolsa a diferença.
Acontece que esses contratos também entram no balanço, com a cotação atual. Mesmo que a empresa só vá desembolsar a grana quando os contratos vencerem.
Assim, uma dívida de R$ 9 bilhões, que ganha a manchete do noticiário, vira só mais uma anotação para quem está analisando a fundo os papéis da empresa.
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