Primeiros Passos
Descomplicando o mundo dos investimentos, para melhorar sua educação financeira
Quanto rendem R$ 5 mil aplicados em fundos imobiliários?
Apesar de as ações serem sempre as primeiras a serem lembradas quando se fala de “renda variável”, os Fundos Imobiliários (FIIs) são um ótimo (e muito popular) instrumento para ter contato com investimentos com um pouco mais de risco e retornos mais significativos.
02/12/2020 12:28
*Por Marcio Borzino
Basta começar a olhar o mundo dos investimentos para se pegar fazendo as mais variadas contas, tentando projetar quanto é possível ganhar investindo nesse ou naquele produto.
Atenção: Este é um texto de dezembro de 2020. Quer se atualizar sobre os fundos imobiliários? Conhecer as melhores opções para você? Fale com um especialista do Monitor Investimentos. É gratuito.
Apesar de as ações serem sempre as primeiras a serem lembradas quando se fala de “renda variável” (leia mais sobre o assunto aqui), os Fundos Imobiliários (FIIs) são um ótimo (e muito popular) instrumento para ter contato com investimentos com um pouco mais de risco e retornos mais significativos.
São investimentos que dependem, direta ou indiretamente, de construção, venda e locação de imóveis. Eles podem ser divididos em dois tipos: os chamados fundos de tijolo e os fundos de papel (explicações aqui).
Esses investimentos costumam ter uma certa estabilidade no pagamento de dividendos, ou seja, dividem parte dos seus lucros, de tempos em tempos, com os investidores, sem que seja preciso vender o título.
Justamente por essa estabilidade, diversos investidores buscam os FII almejando uma renda passiva. Como o dinheiro já cai na conta, não é preciso operar para transformar os títulos em dinheiro. Isso não é necessariamente uma vantagem financeira (veja aqui), mas ajuda o planejamento.
Para matar a curiosidade de muitos, de apenas para que sirva como material educativo, o Monitor do Mercado elaborou uma carteira hipotética com réplicas de alguns FII demonstrando quanto é possível obter de rendimento com R$ 5.000 aplicados.
Como metodologia, utilizamos 8 FII de diferentes setores, com preços e DY (dividend yields) também diferentes. O DY é justamente a relação entre o preço dos papéis e o que pagaram com distribuição lucros.
FII |
Valor Aplicado |
DY (mensal) |
Rendimento projetado |
FII #1 |
R$625,00 |
0,75% |
R$4,69 |
FII #2 |
R$625,00 |
0,80% |
R$5,00 |
FII #3 |
R$625,00 |
0,65% |
R$4,06 |
FII #4 |
R$625,00 |
0,68% |
R$4,25 |
FII #5 |
R$625,00 |
0,59% |
R$3,69 |
FII #6 |
R$625,00 |
0,90% |
R$5,63 |
FII #7 |
R$625,00 |
0,70% |
R$4,38 |
FII #8 |
R$625,00 |
0,60% |
R$3,75 |
Total: |
R$35,44 |
No quadro acima pegamos alguns FIIs sólidos, com dividendos estáveis nos últimos anos e simulamos uma pequena carteira de investimentos. Nunca é demais ressaltar que a rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura, porém, para fins de estudo, o histórico serve para fazer projeções como essa.
Assim, na carteira hipotética de FII, R$ 5.000 renderiam em torno de R$ 35 mensais (ou R$ 425 ao ano), caso a rentabilidade se mantenha.
Pode parecer pouco, mas com essa simulação é possível escalar e ter uma ordem de grandeza para quanto poderiam render R$ 50.000 (R$ 4,25 mil ao ano), R$ 120.000 (R$ 10,2 mil ao ano), em uma simulação realista, sem malabarismos financeiros e isento de Imposto de Renda para pessoas físicas.
*Marcio Borzino é diretor do Monitor do Mercado.
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