Retorno Garantido
As oportunidades e armadilhas dos investimentos em Renda Fixa, com Paula Lopes, da Wise Investimentos/BTG Pactual.
Crédito privado tem leve valorização; veja oportunidades da semana
No cenário internacional temos a consolidação da perspectiva de que o Fed encerrou seu ciclo de aperto monetário
15/05/2023 16:48
Os juros futuros encerraram a última semana com movimentação de leve alta das taxas na parte curta da curva e queda nos trechos intermediário e longo.
A leitura do mercado é que a inflação (medida pelo IPCA) mais forte do que o esperado em abril mostrou-se resistente, o que limitaria o espaço para o Banco Central cortar a taxa Selic no curto prazo, hoje em 13,75%. Esse foi um dos principais fatores que contribuíram para o acúmulo do prêmio na parte curta da curva.
Além disso, destaca-se também a ata do Copom de maio, lida como hawkish, reiterando a mensagem de "paciência e serenidade" na condução da política monetária. O órgão garantiu que perseverará na estratégia até que as expectativas do mercado convirjam às metas e o processo de desinflação se consolide, sinalizando manutenção da estratégia atual de juro estável em patamar contracionista.
Já na parte intermediária e longa da curva, vimos que a movimentação de queda se deu pela percepção de que uma política monetária mais restritiva no país no curto prazo diminui o risco inflacionário no longo prazo. Além disso, no cenário internacional temos a consolidação da perspectiva de que o Fed (Banco Central dos EUA) encerrou seu ciclo de aperto monetário.
Para o investidor pessoa física, esse cenário se resume a taxas menores para compra de crédito privado, comparadas às semanas anteriores, nos ativos com vencimento em médio e longo prazo. O que não significa que esteja na hora de evitar esse tipo de investimento, já que apesar de termos saído dos picos das taxas, ainda temos juros reais bastante atrativos em títulos de dívidas de empresas fortes no mercado, e que garantem boa proteção contra inflação na carteira.
Por outro lado, os investidores que já possuem crédito privado em suas carteiras de investimentos, podem ver uma valorização dos seus títulos.
Diante deste cenário, apontamos alguns ativos de setores sólidos, com prêmios interessantes para compor as carteiras de Renda Fixa:
Emissor |
Ativo |
Setor |
Indexador |
Vencimento |
Duration aprox. (anos) |
Taxa Indicativa* |
Isento de IR? |
Pagamento de Juros |
Rating |
PRIO |
DEB-PEJA11 |
Óleo e Gás |
IPCA + |
ago-32 |
5.40 |
IPCA + 6,50% |
SIM |
AA (S&P) |
Petro Rio |
KLABIN |
CRA022007EP |
Celulose |
IPCA + |
mai-34 |
7,52 |
IPCA + 5,85% |
SIM |
Semestral |
AAA (Moodys) |
ELEKTRO |
|
Distribuição de Energia Elétrica |
IPCA + |
out-31 |
5.91 |
IPCA + 5,80% |
SIM |
Semestral |
AAA (S&P) |
Prio (ex-PetroRio)
A PRIO é uma das maiores empresas produtores de petróleo independentes no Brasil (ex. Petrobras), com seus principais ativos produtivos localizados na Bacia de Campos. Seu modelo de negócio é baseado na aquisição e operação de campos petrolíferos já produtivos, que apresentem potencial de incremento de produção via investimentos de baixo risco e rápido retorno. Recentemente, a companhia, em linha com sua estratégia de aquisições, conseguiu expandir ainda mais sua capacidade de produção.
Klabin
A Klabin é a maior produtora e exportadora de papéis para embalagens do Brasil. Sua atuação engloba a produção de papéis e cartões para embalagens, embalagens de papelão ondulado, sacos industriais, e a comercialização de madeira em toras. Além disso, a Klabin fornece três diferentes tipos de celulose: fibra curta (eucalipto), fibra longa (pinus) e fluff. A empresa conta com 23 unidades industriais (sendo 22 no Brasil e uma na Argentina) e 271 mil hectares de florestas plantadas de pinus e eucalipto nos estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo, que são utilizados como fonte de matéria-prima para seus produtos. Anualmente, possui capacidade de produção de 2,6 milhões de toneladas de papel e 1,6 milhão de tonelada de celulose de mercado.
Elektro
A Neoenergia Elektro (ELEKTRO) e a Neoenergia Pernambuco (CELPE), são concessionária controladas pela Neoenergia, que oferece Fiança como garantia das debentures e é o 2° Maior Player de Distribuição de energia do Brasil (R$11,58BI de EBITDA/2022).
A ELEKTRO é responsável pela distribuição de energia elétrica a 2,9 milhões de clientes (mais de 6 milhões de habitantes), em 228 municípios, sendo 223 no Estado de São Paulo e 5 no Mato Grosso do Sul, totalizando uma área total de concessão de 120mil km². Em pouco mais de duas décadas de existência, a empresa se consolidou como a melhor distribuidora de energia do País, conquistando por 10 anos a primeira posição no setor elétrico nacional.
*O objetivo da lista de ativos é a seleção de ativos em destaque no mercado para investimento em crédito privado. Buscamos apresentar ativos diversificados em termos de emissores e setores a fim de reduzir o risco das carteiras dos clientes. É importante sempre atentar-se ao seu perfil de investidor, ao prazo do ativo em relação a seus objetivos e ao tamanho da alocação.
Fontes: RI Neoenergia / RI CEMIG / BTG PACTUAL. Sempre consulte seu assessor de investimentos / As taxas podem sofrer alteração / Ativos sujeitos à disponibilidade
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